segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dogmas cinzentos

O fogo, a inspiração
Temor, explêndido
Dor, insuportável, luxúria
Tenebrosos dogmas
A cor mais suave no terno da morte
Planos inferiores, descida, declínio
O cheiro das flores jogadas nos túmulos
Rosas envelhecidas
Lágrimas, caindo, palidez
Uma angústia, máscara da fraqueza
Uma onda, espectro de luz
Uma fotografia, lembrança, memória, passado!


Tudo se passava muito rápido, a mente não suportava. Dor, sofrimento, solidão, tudo jogado na escuridão. Sobrou muito pouco, a alma carregou os dogmas cinzentos. Os ensinamentos, a supremacia de uns sobre os outros. Pólvora, Tânatos! Era uma em um milhão, aquela marca esquisita que surgia no curto espaço da alma. O sangue era como um impostor no meu novo corpo. Pulsação! Pra onde olhava meu coração?

Quem eram os Deuses? Onde se escondiam? Por que não me viam? Declínio... declínio... estava em direção à Hades. Eu mesmo remava na jornada, queria logo chegar e ver o que estava preparado para mim. Se eu soubesse... teria escrevido um inferno melhor, onde o fogo revigorasse os pensamentos. Maldita dor sofreria por acreditar nas pregações do enxofre. A cruz seria melhor. Elemento simbólico de uma salvação que nunca existiu e nunca existirá!

Noctur Spectrus

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