sábado, 2 de maio de 2015
Crucifixos
Crucifixos pendurados no pescoço, eles são minha libertação da realidade mundana, e minha prisão no meu ambiente pessoal. Carrego-os por necessidade. Gratidão tenho aos seres humildes que caminham comigo. Gratidão tenho aos senhores da sabedoria que não negam sua luz aos mais pobres. Tristes estamos vivendo aqui, achando que a felicidade é real. Que esmo bom tem o rumo dos insensatos.
Dores, nudez e calamidade são as palavras chave daquele que monta o cavalo de bronze. Erguido nas trevas e amaldiçoado nos extremos subúrbios do inferno de Dante. Temos um amontoado de subplanos que ignoram a sublime elevação do éter. Onde o espírito se renova não há espaço para a passagem dos maus sentimentos. Aquele que cruza o caminho sagrado, onde os sete cantos se encontram, sabe o que há no fim do túnel, no próprio túnel e no seu início. Se o andarilho não sabe por onde anda, acabará falecendo no caminho. É preciso ter bons pés para caminhar com saúde e cautela. E boas mãos para saber pegar aquilo que tem valor e descartar o que não tem.
Protejo-me e protejo meus ideais pois eu sei que no futuro tudo valerá por tudo o que valeu. Atraímos para nós o que nos é afim, nunca o que não é. Somos portanto, polos de atração energética, onde o bem nos é favorável, e o mau nos prejudica.
Noctur Spectrus
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