sexta-feira, 19 de junho de 2015
Preto e branco
Diante da morte, ele escapou do temporal de lâminas. Estava sem entender o porquê das coisas. Um buquê de flores negras jogada no chão, esperando tão somente, a água da chuva carregar suas pétalas. Um choro obscuro em um filme preto e branco. Ele não sabia nada sobe si próprio. Sua memória a chuva carregou.
Estava sozinho e confuso, sua mente não raciocinava à seu favor. Imaginava sem parar qualquer coisa que pudesse ter sido seu passado. Mas não conseguia nada... Era estranho, tão estranho quanto a vida. Ele via-se em um enigma indecifrável. Sua visão paralela que parava no tempo sem nenhum pensamento. Subia nos algures da alma.
Suspiros e mais suspiros, nenhuma resposta. Estava trancafiado no seu próprio coração. O que tinha que fazer? Olhou para o céu cor de cinza e para as paredes dos edifícios. Via por todos os cantos diversas tonalidades escuras e claras. Pessoas sem expressão nos olhares, ausência de crianças, estilos antigos de vestimentas. Sabia nada sobre si, nem nada sobre o mundo que o rodeava.
Noctur Spectrus
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Muito bom esse texto. Meus parabéns.
ResponderExcluirArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
perfeito!
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