sábado, 6 de junho de 2015

Cander


No selo estava escrito, mas ninguém percebeu. Em uma língua estranha, as palavras de uma invocação suprema. Uma grande abertura misteriosa que ligava uma dimensão à outra. Jasmin, Pandi, Soconi, Andarah! Foram chamados os espíritos elevados. Nenhum ousou tocar a mão na caixinha que brilhava. Todos pensavam e imaginavam. Não sabiam o que fazer. Precisariam de um banho purificador caso ousassem desobedecer.

Um candelabro de cinco velas... Um leão com sete jubas. Um touro com doze chifres. E no céu, mil setecentas e vinte estrelas esperando sua vez. Em glória ou em dias de guerra. Missões, favorecimentos e desejos subalternos. Uma medíocre donzela parada numa esquina movimentada. Um impuro desceria e outro impuro subiria. O temor ofuscante que buscava outrora, o tão desejado doce das fadas.

Noctur Spectrus

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