terça-feira, 2 de junho de 2015

Caminho para a morte


Vultos negros que eu vejo todas as noites. Escondidos por trás das cortinas estão os olhares malignos de uma criatura mística. Eu me impus a acreditar no mais insano e negro sentimento. Serpentes que me trazem frutos suspeitos. Eu de longe vejo a grande prosperidade da minha dor. Ninguém está ali por estar, algum motivo reuniu pessoas de semblantes tão diferentes.

Há um senhor com um tridente enorme sentado em uma cadeira demoníaca. Ele está ali para julgar e apontar para você com fúria e arrogância. É o Diabo, mas dane-se, não acredito nele. Não acredito em nada além da minha cilada surreal. Não há suspiros que minha imaginação negue na hora mais precisa.

Eu respiro o sentimento recaído da solidão. Eu sou um anjo caído com as asas cortadas. Mas estou pronto para me reerguer. Só que há atores vestidos de gente ao meu redor. O vácuo, o vazio, o vago... E tudo se fez do nada, mas um dia houve uma totalidade diferente. Algo que fizesse com que em algum momento, a mais incompreensível mente tivesse um sentido firme.

Noctur Spectrus

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