sexta-feira, 12 de junho de 2015

O padrasto assassino


Uma casa abandonada, jogada as traças em uma rua escondida da cidade mais estranha. Ali estavam enterrados no porão corpos de tristes crianças vítimas do padrasto assassino. Uma história triste repleta de ira, rancor, ciúmes e covardia. Uma mulher que um dia achou ter encontrado um novo amor. Mas na verdade, havia apenas trazido um monstro pra dentro do seu lar.

Os ventos frios que circulavam lá dentro eram tão sombrios que davam calafrios constantes em quem entrasse ali. Tudo era tão negro e obscuro ali dentro que até os mais céticos sentiam-se tristes. Em todos os lugares da casa dava para se ouvir gritos da mulher desesperada que não sabia o que fazer para se salvar. Em todos os lugares podia-se ouvir os choros das crianças mortas...


À noite era possível ouvi-las correndo, subindo e descendo as escadas. Algumas vezes até algumas batidas de machado nas paredes. Não havia nada físico ali, somente a tormenta espiritual que gerou um ciclo contínuo de morte e sofrimento. O maldoso padrasto houvera ficado preso no porão sem saber como sair logo após ter matado as crianças.

Tudo tivera ficado emperrado e não havia saídas. Ficou ali e sofreu de fome e tormento. O mal cheiro das crianças mortas o destruía completamente. Vomitava, passava mal sem parar. Ele foi atormentado pelo choro e pelo grito das crianças até a morte. Não conseguia dormir, elas não deixavam.

A casa era um triste local. Ali a história se repetia sem parar. Todos os dias e todas as noites as crianças eram perseguidas pelo padrasto assassino. Todos os dias e todas as noites a mulher era morta e as crianças também. Ele era um perseguidor movido pela loucura. A casa era um ambiente amaldiçoado em uma cidade vazia, abandonada. Muitos gritos tristes eram ouvidos por ali. Outras maldições encarceravam aquele lugar...

Noctur Spectrus

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