domingo, 9 de agosto de 2015

Dependo


As vezes é bom olhar para o mar e pensar em quantas coisas se passaram na minha vida. As vezes eu não me contento somente com o vislumbre da luz nas águas vindo de encontro aos meus olhos. A brisa diante do mar é tão suave e refrescante, que é normal esquecer o passado por alguns instantes. É insuportável perder a inspiração em um momento tão interessante como esse.

Em algumas situações, dentro da minha casa, tenho refletido sobre a exposição dos meus pensamentos. É natural que muitas vezes eu não tenha nada a dizer. Isso nunca me atrapalhou, mas atualmente, eu não sei mais como isso funciona. Parece até que sou um dependente das sombras. Toda vez que olho para as paisagens mais belas, perco meu foco. Eu queria ir até as águas mais profundas e tentar entender o que acontece comigo.

Eu queria buscar um tesouro no fim do oceano, cheio de ideias surreais. Eu quero tantas coisas neste mar imenso, quero tantas águas visitar... Mas me sinto preso no desejo desanimado de sempre voltar para casa. Talvez a solução mais pertinente seria esquecer a mim mesmo, esquecer quem eu sou, para depois de tudo isso, descobrir as respostas novamente. Talvez eu tenha o dever de me redescobrir, me conhecer novamente... Ou talvez, eu só precise compreender um pouco melhor a minha mente.

Noctur Spectrus

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