Me conceda o descanso, o digno silêncio
Pois a morte me é de direito
O suspiro sufocado na escuridão que almeje a paz
A tranquilidade que se movimenta na sombra, que seja meu aconchego
O caçador precisa dormir, sonhar, triunfar
O trabalhador precisa da recompensa dos seus esforços
Os sentimentos que me dão trégua
As emoções que pararam de me seguir
Agora é o momento da dúvida me esquecer
É o momento da mente ficar lúcida
A conexão interna do ser, o combate interno do ego
Nada disso será um incômodo significante
Pois tudo agora deixa de fazer parte do meu eterno
E passa a ser manipulável
A morte leva um pouco do consciente
Mas eu trouxe os experimentos do inexistente
Eu sou uma alma que fecha os olhos
Eu sou uma alma que descansa em paz
Não preciso mais pensar, não preciso mais questionar
Apenas necessito entrar na escuridão
Visitar as trevas, entrar no subconsciente
Nada haverá, somente vultos
Nada me tocará, somente eu mesmo.
Noctur Spectrus
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